Ontem publiquei "Amar, em todos os tempos". Poema que escrevi um dia desses, meu mais novo filho, o qual nasceu de um parto normal e muito rápido.
Peguei "rabeira" na última frase do poema de Vinicius de Moraes: "O verbo no infinito" e assim me inspirei. Mas não só nisso... Meu filho foi e é minha grande inspiração.
O Verbo no Infinito
Ser criado, gerar-se, transformar
O amor em carne e a carne em amor; nascer
Respirar, e chorar, e adormecer
E se nutrir para poder chorar
Para poder nutrir-se; e despertar
Um dia à luz e ver, ao mundo e ouvir
E começar a amar e então sorrir
E então sorrir para poder chorar.
E crescer, e saber, e ser, e haver
E perder, e sofrer, e ter horror
De ser e amar, e se sentir maldito
E esquecer de tudo ao vir um novo amor
E viver esse amor até morrer
E ir conjugar o verbo no infinito...