Adoro estar em família. Sempre que há alguma data especial, lá estamos todos nós, juntos e misturados. 

Minha irmã me enviou essa foto no fim de semana, que tiramos no início do ano. Aí rememorei meu poema Asa Morena...

Na verdadde, sou muito diferente delas em muitos quesitos, além do cabelo. Durante toda a vida, eu as ouvi dizer que fui pega na lata do lixo. Aí sempre retruquei: Pois é... então, vocês  tiveram a maior sorte!

Na verdade, puxei meu pai: a pele branca, o sorriso, os cabelos escuros, as sobrancelhas grossas, o gosto pela culinária, pelos dicionários, por Teologia, e muitas coisas mais, e mais, e mais... Muitas saudades...

Asa Morena

Desde pequena...
percebo-me um ser diferente
Minhas irmãs são belas aves louras...
bem como a ave-mãe
A passarada de nossa família
costuma chamá-las de "Das brancas"
E a mim... de "Das pretas"
por causa da cor de pena
Em nosso ninho
fui a única a nascer...
asa morena

Um abraço de mulher-pássaro de asa morena e um beijo poético em sua alma!

Sabe, para algumas coisas sou muito sistemática. Nunca gostei de matemática. Sempre foi minha dramática. Mas fazer o quê? Números estão por toda parte. E,  embora meu afair seja com as palavras,  parece que os números  me perseguem por toda a vida.

Tento controlar ao máximo minhas despesas e contas e me considero uma mulher bastante controlada. Porém meu marido já acha que sou mão-de-vaca mesmo. Não é questão de avareza... mas de controle. Por isso, vivo na luta para  controlá-lo. Mas é que, antes de comprar, ou comprarmos, qualquer coisa, preciso consultar minha planilha de entradas e saídas.

Não compro nada só porque está em promoção ou por impulso. Se compro é porque preciso, ou... desejo muito. E, se desejo muito, eu me programo. Nesse segundo caso, somente quando a situação me é bastante favorável e depois do nosso combinado...

Faço conciliação bancária e toda semana analiso o planejado versus o extrato, o "Actual X Budget", e assim programo a vida, e nossas viagens também. Parece pura bobagem, mas também faço arquivo de todos os documentos. Para mim, tudo deve ter seu devido lugar.

Às vezes, preciso abrir a planilha e mostrá -la para meu filho, para ele saber quanto custa a vida. E dessa forma, eu o estou ensinando a se programar financeiramente também.

Meu marido me consulta para tudo, ou quase tudo... Aliás o dinheiro dele sempre caiu na minha conta. Ele prefere que eu gerencie nossas finanças.

Em se tratando de compras, existe data certa para qualquer tipo. Se pretendemos comprar qualquer coisa, combinamos antes. Gosto de combinados. E esse é o nosso combinado, desde sempre.

Um dia desses, meu filho ficou revoltado comigo porque não aprovei um plano de compra dele. Eu disse que a planilha não  permitia naquele momento. Ele ficou meio revoltado e se virou para o meu marido dizendo: Pai, vamos dar um sumiço nessa planilha da mãe? Aí eu disse: Não é possível, porque ela está salva... na nuvem!

E, no trabalho, controlo cada centavo, ou cents,  de grandes projetos. Alguns de milhões de dólares. Fazer o quê?  Há coisas na vida que nos perseguem... nos perseguem... Embora eu não tenha formação em exatas, já  fui na vida até gerente  financeiro em um hotel há alguns anos, acredita?

Toda semana,  dou bom dia, boa tarde ou boa noite para a minha planilha de despesas pessoais e a envio ao meu marido. Ele costuma dizer que sou "mão de vaca". Aí eu digo: Então já que é assim, vamos brincar de vaca amarela neste mês. Quem gastar primeiro com futilidade come tudo... Eu que não serei! Mas, cá entre nós,  mão  de vaca eu não sou, pois sei dar ótimos presentes.

Mas... será que sou sistemática? Para as contas, talvez sim. E, sinceramente acho que a maioria das pessoas sistemáticas costumam ser bem quadradas e metódicas. Posso até ser sistemática, mas... metódica não sou, não! Meu marido, por exemplo, acha que sou alguém totalmente fora da caixinha.

Um beijinho em sua alma

Nesta semana, Poemas Secretos completou 100 leituras. Gosto desse poema e gosto deles, dos meus poemas secretos.  São tantos... No entanto, estão guardados nas profundezas do meu coração. Por isso, só Deus os lê,  somente Ele os vê. Porque o coração de uma mulher é profundo mesmo como um oceano.

E como Jesus disse me Mateus 6:6:  "Quando orares, entra no teu quarto, fecha a porta e ora ao teu Pai em segredo; e teu Pai, que vê num lugar oculto, recompensar-te-á". 

Hoje cedo, fiz isso... e escrevi uma oração secreta, em meu coração, no coração... 
 

Um beijo poético e secreto em tua alma

Semana passada, meu poema Perdas completou cem leituras,  e hoje está com 110.

Por falar nisso, estou ganhando audiência. No mês passado, fiquei assustada com quantidade de acessos  ao blog que houve dos EUA, pois foram quase 900. Neste mês, foram 1420, somente dos EUA, mais de 100 no Brasil, 53 na França, e acessos também de outros países. 

Tenho muitos contatos nos EUA, principalmente amigos da empresa  onde  trabalho há anos, mas não contei a ninguém... ninguenzinho dos dos EUA sobre o blog.

Voltando a falar sobre o poema, o que eu iria falar mesmo sobre ele? Sei lá! 

Estou na menopausa e tenho tido uns lapsos de memória, o que é comum nessa fase da vida. Achei esse sintoma bem interessante. Eu bem que queria esquecer de umas coisas... Às vezes, meu marido me faz uma pergunta... Então,  viro para ele, sorrio e digo: "Oi, eu sou a Dori!". Você está me seguindo?!".

Ah... lembrei! Por isso eu digo: Às vezes, quando se perde, é que se ganha. Mas em se tratando de menopausa, a gente só perde... os hormônios, e com eles... os cabelos, as unhas, a energia, a disposição, a paciência,  o sono! Hoje mesmo estou acordada há horas pensando na vida...

Ops, por falar nisso, já estou levantando! Vou para a academia antes do trabalho, pois preciso perder três quilinhos.

Fui... Voei...

Nesta semana, meu poema "O Passado" completou cem  leituras.  É um dos que mais gosto e o declamo novamente aqui. Sabe, às vezes, é bom voar ao passado. Mas... às vezes, é necessário deixá-lo para trás, e dele tentar não nos lembrarmos mais...

O Passado

O passado já  me era pesado

Não o podia mais carregar 

Tomei então uma decisão:

Trazer no presente

somente aquilo que para o futuro

eu pudesse levar

Sonhos vãos... 

lancei-os ao vento

Fantasias pueris...

hoje pairam perdidas no tempo

Deixei também doridas lembranças

em meio ao esquecimento 

Por fim, pecados inteiros 

e arrependimentos confessei

Para assim voar mais feliz

ou menos triste... Não sei...

Ao menos, mais leve

Um beijo poético em tua alma