Hoje saí cedo para caminhar e correr. Queria, na verdade, ficar só. E só vagatonizar comigo mesma, espairecer.
Nesta semana, publiquei "Meu Livro de Poesias", em 14 de março, Dia da Poesia. Eu o terminei (ou não) em silêncio, com páginas em branco. Há outros meus que terminam também assim, como: "Deserto" e "Escritor da Minha Vida". Há um chamado "Página Deserta", e ainda há aqueles que publiquei aqui, mesmo sem encontrar para eles um fim...
Sabe, tenho a impressão de que alguns poemas da minha vida também terminaram com o silêncio de Deus, páginas em branco... na mais alva imensidão dos finos grãos de areia desses meus poemas desertos... Ou talvez não terminaram ainda... Não sei... Dizem que, quando Ele está em silêncio, é porque está trabalhando. Já ouvi também que é exatamente no deserto onde se pode encontrar os mais belos Oasis.
Voltando a contemplar minhas páginas em branco, o silêncio de Deus, tenho pedido a Ele para me fazer entender se pretende pôr, em qualquer momento, um ponto final nesses poemas sem fim da minha vida, ou se deseja colocar reticências... e continuar a escrevê-los, como só Ele o faz... com maestria, lindamente, e com eterea poesia.
Todavia, se Ele colocou o ponto em alguns, os quais insisto em não enxergar, peço que me abra os olhos, para que eu finalmente os possa ver e... esquecer.
E há aqueles que, se Ele desejar continuar... sinceramente (misteriosamente), não sei como vai fazê-lo. Mas há mistérios que só a Deus pertencem...
Any way... De qualquer forma, tenho a partir de agora assinado todas elas (as em branco), pois confio plenamente no Escritor Criador do livro de poesias da minha vida, e tenho assinado cada uma como co-autora, e bem assim:
Mary Lyliand, Alada, pra sempre Meirinha
P.s.: E há aqueles pontos finais que nós mesmos tentamos colocar, com nossos próprios dedos (próprios medos). Mas esses... não adianta... porque são tão pequenos e fracos que o tempo se encarrega de os apagar.
Um beijo em minha alma.