Gosto de mudanças, embora às vezes me assustem. Não gosto da monotonia, e da mesmice. Sabemos que mudanças causam medo, às vezes... quanto medo! Mas já li em algum lugar que talvez a mudança seja aquela porta pela qual sempre na vida desejamos entrar.
E quem nunca mudou com o tempo? Aos poucos vamos deixando de escutar e cantar certas músicas, para ouvir e cantar as novas; de usar certas roupas, mudamos até mesmo o estilo, o cabelo. Mudamos hábitos alimentares e, com o avanço da idade, muitos passam a praticar esportes... inclusive eu. Quem diria? E depois dos 40! Enfim, mudar faz parte do ciclo da vida... embora, no fundo, sejamos sempre nós mesmos.
Gosto de mudar. E mudo várias pequenas coisas. Mudo de trajeto. Há dias em que vou para o trabalho por Itatiba. Em outros, passo pelos belos vinhedos de Jarinú. E há aqueles em que vou louvando, por Louveira.
E como disse o sábio poeta Pablo Neruda...
“MORRE LENTAMENTE... quem se transforma em escravo
do hábito, repetindo todos os dias o mesmo trajeto,
quem não muda de marca, não se arrisca a vestir
uma nova cor, ou não conversa com quem não conhece.
MORRE LENTAMENTE... quem faz da televisão o seu guru.
MORRE LENTAMENTE... quem evita uma paixão, quem
prefere o negro sobre o branco, e os pontos sobre os 'is'
em detrimento de um redemoinho de emoções,
justamente as que resgatam o brilho nos olhos, sorrisos
dos bocejos, corações aos tropeços e sentimentos.
MORRE LENTAMENTE... quem não vira a mesa quando
está infeliz com o seu trabalho, quem não arrisca o certo
pelo incerto para ir atrás de um sonho, quem não se permite
pelo menos uma vez na vida fugir dos conselhos sensatos.
MORRE LENTAMENTE... quem passa os dias queixando-se
da má sorte ou da chuva que cai incessantemente”.
Evitemos a morte em doses suaves, recordando
sempre que estar vivo exige um esforço
muito maior que o simples fato de respirar...''
Muitas coisas estão mudando em minha vida, inclusive minha cabeça sobre “mudanças”. Tenho revisto alguns conceitos e pensado de modo como nunca imaginei que pensaria... Tenho abandonado certos medos. No entanto... tenho um grande medo... o de que nada mude...
Assim... que venham as mudanças e uma nova vida!