Este é um dos poemas que eu realmente gostaria de ter escrito. Mas sei que posso pegá-lo emprestado a qualquer hora, e o pego agora para fazer dele a minha oração.
E este é um pensamento que retine, retine, retine sempre, no badalo do sino, no alto da minha mente: E se.... E se... E se...?!
A figueira não floresce
Não há fruto na videira
O produto da oliveira mente
Rios, campos não produzem
O curral está vazio
O aprisco está deserto
Tudo isso se passando
e o profeta mesmo assim
vai se alegrando em Deus
Mas... e se fosse comigo?
Pra quê mesmo que eu vivo?
Onde está minha alegria?
E se a dor for minha sina?
Será que ainda faço rima?
Canto alegre a melodia?
E se eu perdesse tudo?
Será que contudo me alegraria em Deus?
Eu quero ser, não quero ter
Eu quero crer, não quero ver
Que minha alegria seja tão somente
me lembrar de Ti, meu Deus!
Viver e só de Ti viver
Morrer ansioso por te ver
É minha oração
É assim que eu queria ser...
* Música de Stenio Marcius. Poema baseado no livro do Profeta e Poeta Habacuque, Cap. 3, versículos 17-19, no Livro Encantado:
"Porque ainda que a figueira não floresça, nem haja fruto na vide; ainda que decepcione o produto da oliveira, e os campos não produzam mantimento; ainda que as ovelhas da malhada sejam arrebatadas, e nos currais não haja gado; todavia eu me alegrarei no SENHOR; exultarei no Deus da minha salvação.
O SENHOR Deus é a minha força, e fará os meus pés como os das cervas, e me fará andar sobre as minhas alturas."
Um beijo em sua alma!
(Foto em 01/05/2014, no Jd. do Lago, Atibaia/SP)