Prazer! Sou Mary Lyliand, "Alada".
Todos têm alma de poeta engaiolada no fundo de si. Eu libertei a minha.
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DESERTO

Nesta página deserta...
há 40 minutos sofridos já caminho...
E nesses descaminhos...
não encontrando palavras
vou me perdendo, mas prosseguindo...
Em torno de minha alma... olhando.
O vazio e o nada... contemplando
vendo minhas forças se esvaindo...
Pensei em cavar um poço
que dele fizesse nascer...
uma fonte de belas palavras pra te dizer.

Mas na verdade...
refletindo e... bem ponderando...
(sentindo no peito uma dor causticante)
acho melhor nada fazer...
absolutamente nada neste instante.
Porque aqui posso ver aparecer
do mais profundo de mim...
uma nascente de versos
que não me permitirei escrever...
E sozinha sigo pensando...
E vou seguindo adiante...

Enquanto transeuntes neste árido e tenebroso lugar...
sedentos por sobreviver... para amar 
resta-nos nos abrigar na certeza de que...
o futuro a Deus pertence tão somente
Porque o passado... passou...
(Mas talvez não... feliz ou infelizmente!)
E quanto ao presente...
Deus nos dá como uma dádiva.
Eis o porquê se chama "presente".

Para que vivamos neste dia...
à sombra de uma grande nuvem de promessas.
E nas noites dessa vida...
quando envoltos por um negro véu...
sermos conduzidos pela luz da Sua Palavra
como contemplando...
uma grande tocha a nos guiar no céu.
Para em meio às trevas... continuarmos a caminhar.
Sendo alimentados diariamente com o maná
sem todavia murmurar.

Diz o Livro Encantado...
que o deserto é uma passagem...
para uma linda terra prometida
ou um tempo de intenso tratamento
ou ainda de penosa aprendizagem.
Dizem ainda que nele pode acontecer...
o fascinante encontro com um oasis.

Porém não poucos... depois de atravessarem
o mar de suas próprias lágrimas...
padeceram sem nada ver... nada ter...
tristemente sem nada aprender.
Saciando a alma com ilusões
andando em círculos...
e vislumbrando apenas miragem...
Tudo isso porque de seus lábios transbordaram...
rios de murmurações.

Quanto àquelas belas palavras para te dizer...
Perdoe-me, por favor, desde então...
Mas hoje... só posso te dedicar o meu silêncio.
É dele que está muito cheio meu coração.
E ele é tudo o que possuo por concreto e certo...
além de muita sede de viver!

Por isso... vou me retirando
para te deixar aqui meditar... refletir...
e ouvir Deus a te falar...
Eu te dedico também...
as próximas linhas e páginas em branco...
Que são... a mais alva imensidão...
dos finos grãos de areia
deste poema... Deserto.



Mary Lyliand
Um abraço e um beijo em sua alma!
Até qualquer dia...



Alada
Enviado por Alada em 14/08/2012
Alterado em 21/08/2012
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