Prazer! Sou Mary Lyliand, "Alada".
Todos têm alma de poeta engaiolada no fundo de si. Eu libertei a minha.
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VAGATÔNICA

Dizem que sou meio...
complicada... enigmática...
hieroglífica... evasiva...
Eu diria que sou... um tanto... vagatônica!
E sendo assim... quem sabe... uma poetisa...
Pois todo poeta é tudo isso, sem nada ser
Porque consegue escrever cem palavras...
Sem todavia nada dizer...
E de quando em quando é renitente redundante...
Todavia em todo o tempo... discorrente!
Porém, às vezes, diz certas coisas
que deixam os outros atônitos
estáticos, petrificados, esfingéticos!
Também brinca com as palavras
fazendo-o tristemente
E todo mundo é poeta um dia...
(ou para sempre)
demonstrando um sofrer imenso...
e o expressando eloquentemente
quando permanece em silêncio.

Acho que sou bem assim... e também não sou...
Pois como diz o imortalizado poeta Salomão
"Enganoso é o coração"
E se você me disser que me conhece, eu retruco... Será?!
Acredito, sinceramente, que seja muita pretensão...
Desculpe-me, mas... nem eu mesma me conheço!
Quando penso que estou me desvendando
flagro-me ainda mais me descobrindo
me decifrando, me desvelando...
me compreendendo...
Ou quem sabe me enganando... 
E vivo me reinventando
Querendo respirar outros ares
E sigo de tempo em tempo
desejosa por bater as asas em outros lugares...

Fazer o quê? Sou bem assim... e também não...
Por isso escrevo vagatonizando comigo mesma
E de vez em quando vou me surpreendendo
Ai! Mas também poetizo porque não tenho escolhas!
Muitas vezes, enquando vagatonizo
centenas de versos alados voam tão rápido
que parecem não passar pelo pensamento
e saem ruflando as asas por meus dedos
pousando em mil folhas...

Acho também que quase tudo seja relativo...
Para mim, dependendo da situação
o copo parece meio vazio
Mas o mesmo copo pode amanhã estar meio cheio
E quando alguém pensa que no meu copo não há nada...
Eu sorrio...
Ninguém pode ver...
Mas ele está cheio de muita esperança
Pode crer!

Porém, sem vagatonizar neste momento
(somente por um breve tempo...)
Defendo, contudo, 
de que absolutamente nada...
no Divino Livro Encantado seja relativo
Isso mesmo! Acredite!
Ele está cheio de versos de diversos poetas
que um dia foram muito cheios de Deus
Ele fala diretamente comigo
Totalmente se completa
E sozinho se interpreta
Mas nunca, nunca se contradiz!
A cada dia também se renova
Pois dia a dia eu o vou lendo e relendo...
E de sempre em sempre
deparando-me com reflexões novinhas
nas mesmas linhas!
E este poema... vagatônico... e também não...
é só, só pra te dizer... e diz...
Alada
Enviado por Alada em 07/09/2012
Alterado em 10/04/2019
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