CINZAS AO VENTO
Depois de tanto tempo...
eis-me aqui agora
para um estranho... dorido
quão penoso momento
E minh'alma se abate, muito chora
No pensamento, "In Memoriam"
faço mil minutos de silêncio
por incontáveis horas frias...
milhares de eternos instantes
Há quantos dias?!
Pranteio meus sonhos calcinados
e suas cinzas lançadas ao vento...
Já voam longe, tão distantes
Enterro dentro em mim pueris fantasias
e outras muitas bem crescidas...
De mim, para mim mesma
presto minhas condolências
No entanto hoje
não sou apenas lamentações
Porquanto entoo canções
E declamo minhas orações
Tomara esse sofrimento o tempo disfarce...
ou talvez ele mesmo o cure...
E a dor desse luto um dia passe...
Entretanto, a vida se renova, sim!
Pois "tudo é possível àquele que crê"!
Como a lua que ressurge nova
Como novo nasce sempre o sol
Precedendo-o uma linda aurora
E poderá surgir amanhã
no horizonte de nossas vidas
trazendo nas asas do alvorecer
muitas tantas alegrias...
Um lindo amanhecer!
E como bem diz o Livro Encantado...
"As misericórdias do SENHOR não têm fim
novas são a cada manhã
grande é a sua fidelidade...
Bom é o SENHOR...
para os que esperam por Ele
para a alma que o busca.
Bom é ter esperança..." *
E no Senhor, o Criador
do livro da minha vida... o Escritor
da minha fé... o Autor
da minha alma... o Redentor
ponho a toda a minha confiança!
Bom... "Bom é ter esperança..."
(*Poeta Jeremias, livro de Lamentações, Cap.3, Versos 22 a 26, no divino Livro Encantado)
Foto na Pedra Grande, Atibaia/SP