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PARQUE DOS SONHOS
O tempo voou...
Consigo nossa inocência levou
Um dia desses, bati asas e fui ao parque
Que já me é distante...
E vaguei... plainando no pensamento
Por um eterno instante
Meus olhos fizeram um voo rasante
Pousaram sobre o lago
Fitei o passado
De repente, pesquei um poema
Que neste momento escrevo com uma pena...
De sonhos adormecidos
Tantas esperanças
Planos esquecidos
Coisas belas de crianças!
Um lindo lugar
Onde adorávamos brincar
E nossos nomes em árvores cravar
Será... ainda estão lá?
Corríamos como em direção à felicidade
A tarde nos tomava em seus braços
A brisa a nos acariciar
Olhares... brincadeiras... sorrisos
O sol reverberando por sobre os amigos
E nossos rostos passando a brilhar
Em nós crescia uma certeza...
O futuro seria fascinante, tão promissor
Lá a nos esperar... o sucesso e o amor!
Ser feliz era nossa maior ganância
Simples assim
Dias que distam agora
da nossa velha infância
Um tempo sublime
em que não havia saudade
Que me faz rememorar...
Nas singelezas desta vida, está a felicidade
De tudo agora restam retratos perfilados
Antigas canções
Lembranças em bruma
Doces recordações
E pó. E só.
Quem diria?!
No entanto, Deus do pó fez o homem
Contudo, o poeta do pó faz poesia
Hoje não é sempre que vou ao parque...
É sempre o parque que vem até mim...
Este poema faz parte da minha coletânea Asas de Mim,
Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro.
(Foto em maio/13, no Parque do Carmo, São Paulo/SP. Para mim, ele sempre será o "Parque dos Sonhos")
Alada
Enviado por Alada em 11/07/2013
Alterado em 10/10/2020
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