Textos
À MINHA CONSCIÊNCIA (20/10: DIA DO POETA)
Por favor, deixe-me em paz com meus poemas disformes, amorfos... informes! Porque eles, de certa forma, têm suas razões de ser. E são mesmo... pluriformes e livres de toda forma.
Saiba que, enquanto os formo, eu os desformo. Sem forma sim; vazios não! Pois são todos muito cheios, transbordantes de mim (ainda que da minha imaginação ou do meu silêncio... mesmo assim). E não pense que isso seja um tipo de sublevação. Sinto que seja tão somente uma questão de escrever só com o coração.
Posto que não sou cinzeladora da métrica, longe de mim. Você sabe... ela muito me enfada e a monotonia em nada me agrada. E esta é a razão em que me escudo: a liberdade. Para defender que meus versos, entretecidos nas minhas entranhas, são escritinhos soltos, meus inventos alados.
Dessa feita, no ensamblar de minhas orações, no escandir do meu versejar e na variação solta de minhas cadências, exalço mesmo a liberdade... a de dar asas à imaginação; de sonhar, de poetar livremente, de voar mais alto no pensamento... de ir além... e, acima de tudo, a liberdade de amar e de crer... estas tão próprias do meu ser.
Ah... Quisera eu desvendar os segredos da arte poética... No entanto, tenho plena ciência de que dela sou e para sempre serei ensaísta e aprendiz.
Mas, de qualquer forma, este livro é só mesmo pra dizer... e diz...
Um beijo em ti, querida consciência poética.
Este texto livre faz parte da minha coletânea Asas de Mim, Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro.
Alada
Enviado por Alada em 20/10/2013
Alterado em 20/10/2019
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