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SAUDADE QUE ME INVADE
Esta saudade...
que me invade...
Talvez seja como...
Uma dor que não pára
Doença que não sara
Ou uma chuva
que não passa
Gotejando, gotejando
gotejando em meu peito
Encharcando meu travesseiro
Ah esta saudade...
Talvez seja como...
Uma corda que me laça
Espinho em minha carne
Chama que arde
Ou ainda... como o vento
que me abraça
Seria como...
um rio em busca do mar
Ou um pássaro sozinho a voar
que não encontrando pouso
voeja rumo ao infinito
sem descanso ou repouso
Esta saudade
que me invade
Nem sei mais...
como a descreveria
Talvez seria como
uma sublime poesia
ou triste melodia
Ela é tão imanente em mim...
Terá um dia fim?
Visto-me com minhas penas
e cubro-me de esperança
Acredito que sim!
Quando este pássaro...
chegar na eternidade
Um abraço de mulher-pássaro
e um beijo poético em sua alma
(Este poema faz parte da minha coletânea "Asas de Mim", Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro. Foto na cidade de Ouro Preto,
em abril de 2017. Saudade...)
Alada
Enviado por Alada em 15/11/2018
Alterado em 16/11/2018
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