VOZ QUE DECLAMA NO DESERTO
Elevo meus olhos para o monte
dos meus poemas desertos
De onde me virá o socorro?!
Pois tenho sede, muita sede de viver!
Assim como a corsa
suspira pela corrente das águas
tal qual terra seca
suspiro eu por Ti, Deus meu!
Razão do meu viver!
Quero beber de teus rios
Mergulhar-me em tuas águas
Que curam minhas mágoas
E saciar então o meu ser
Anelo encontrar-te além
das minhas miragens
das fronteiras da crença
em outra dimensão
e contemplar enfim tua imagem
Pois por Ti minha alma tanto anseia
faminta e sedenta
De repente...
no silêncio da imensidão
da minha solidão, Tu vens...
Me olhas como ninguém
estendes a tua mão
E me presenteias
com o Oásis da tua presença